O Que Disseram Os Senadores Na Votação Do Processo De Impeachment?
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Confira trechos dos discursos dos senadores durante a sessão:
Ana Amélia (PP-RS)
"Nós aqui não temos nenhuma alegria e satisfação de estarmos julgando um político. Esta é uma casa democrática." "São graves os fatos imputados contra a presidente da República. Há, sim, enquadramento de provas para a admissibilidade do impeachment, para que a presidente se defenda. [...] Encaminho meu voto favorável."
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José Medeiros (PSD-MT)
"A presidente passou a contrair dívidas com bancos públicos e como em todo processo de impeachment, o debate gira em torno de responsabilidade." "A retórica de que haveria um golpe em curso não para em pé. [...] Ao invés de buscar acalmar os ânimos, o governo apenas inflama o país. Declaro que vou voltar pelo afastamento da presidente da República."
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Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
"Estou absolutamente tranquilo sobre o enquadramento da presidente da República como passível de crime de responsabilidade fiscal." "Não tenho dúvidas de que esta casa vai permitir a instauração desse processo e a presidente será afastada do cargo. Esse processo é irreversível."
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Marta Suplicy (PMDB-SP)
"Estou convencida de que há indícios mais do que suficientes de crimes de responsabilidade cometidos pela presidente. Se de um lado temos uma grave crise política e econômica, é inegável que cresce na população a esperança de poder virar a página. Os desafios não serão pequenos."
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Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
"Hoje o Senado Federal vai tirar o país das mãos do PT e devolverá ao povo brasileiro. A presidente Dilma cometeu diversos crimes." "Estamos aqui para defender a constituição federal. O processo de impeachment é legal, é democrático."
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Ronaldo Caiado (DEM-GO)
"O processo de impeachment está correndo dentro das normas previstas na legislação." "A pedalada não é nada mais do que pagar, com um único dinheiro, duas dívidas. Foi isso o que o governo patrocinou em 2014 e para conseguir a reeleição praticou o mesmo descumprimento da lei de responsabilidade fiscal."
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Zezé Perrella (PTB-MG)
"Os motivos para o impeachment não são só as pedaladas. O povo foi para a rua contra a roubalheira. A maior estatal do país foi sucateada. O governo acabou com o empregos. Hoje cumprimos nosso papel de pensar um país melhor."
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Lúcia Vânia (PSB-GO)
"A presidente é acusada por dois crimes de responsabilidade, que estão fartamente documentados. [...] Existem razões de sobre para investigarmos mais a fundo os indícios apontados pelo relator. Sou favoravel à admissibilidade do impeachment." ------
Magno Malta (PR-ES)
"Para explicar ao Brasil, para que reverbere para o mundo, a realidade do momento de um país que tem uma democracia sólida como a nossa, é preciso evocar o conjunto da obra. Estamos diante de um corpo febril que vai ter restituída sua saúde."
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Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
A legitimidade dos governantes é construída dia a dia com muita atitude, e os limites são estabelecidos pela lei. O impeachment é o mais amargo dos remédios para afastar um governante. O presidencialismo sem a possibilidade do impeachment é a monarquia."
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Romário (PSB-RJ)
"Tenho pela consciência da minha decisão, mas quero deixar claro que foi tomada a partir de muito estudo. Acompanhei as manifestações da defesa e da acusação. Por tudo que li, vi, cheguei a conclusão de que há, sim, crimes de responsabilidade fiscal que precisam ser apurados."
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Telmário Mota (PDT-RR)
"Vivemos um momento histórico e vergonhoso. Nunca se ouviu falar tanto em democracia, mas essa democracia não está sendo respeitada, porque o voto democrático das urnas está sendo retirado de milhares e milhares de eleitores. Hoje ocorre uma tentativa de tomada de poder, o apelido disso é impeachment. O prejuízo maior será da população."
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Sérgio Petecão (PSD-AC)
"Não sou daqueles que vai tratar o PT de corja, por muitos anos fui aliado dos partidos da frente popular. Eu estou preocupado com a situação que nosso país atravessa hoje, principalmente o meu estado, mas não posso responsabilizar a presidente Dilma." ----
Dário Berger (PMDB-SC)
"Não há dúvida que estamos diante de um momento histórico em que a necessidade de mudanças é iminente; É preciso coragem para mudar. Fomos eleitos para fazer, para realizar, para mudar. Ou nós mudamos ou merecemos ser mudados. Não podemos deixar que se arraste por mais tempo esse sentimento de inferioridade que se espalha pelo país."
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Simone Tebet (PMDB-MS)
"Pois afirmo aqui com convicção: processo do impeachment é previsto na Constituição e este, em especial, não é golpe, ele é constitucional. Ele foi regido nos mais amplos princípios constitucionais, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, mas mais do que isso, ele é democrático."
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Cristovam Buarque (PPS-DF)
"Não fui eu que mudei. Foi a esquerda que envelheceu, não eu. A esquerda que está há 13 anos no poder, e o que demonstra é um desapego à democracia, manipulando, cooptando, criando narrativas, invés de análises. Com a preferência pelo assistencialismo, invés de uma preferência por uma transformação social."
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Angela Portela (PT-RR)
"Estamos diante da situação absurda de caçar uma presidenta sem que tenha havido a rejeição de suas contas pelo órgão competente. E ainda que houvesse algo de errado, falta o requesito do dolo. Não houve má fé. Na tentativa de dar aspecto de legalidade à evidente ruptura institucional, avusa-se a presidente de violar a lei orçamentária. A acusação não se sustenta."
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José Maranhão (PMDB-PB)
"Eu tenho ouvido muitos argumentos de que é golpe se caçar o mandato de uma presidente legitimamente eleita. Eu sou insuspeito para isso, porque votei no primeiro e no segundo turno da presidente Dilma Rousseff."
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José Agripino Maia (DEM-RN)
"O que que aconteceu em 2015? Uma coisa inédita. O orçamento mandado para esta casa previa um superávit de R$ 55 bilhões. No final do ano, a proposta de revisão do superávit caiu para R$ 119,9 bilhões de déficit. Eu nunca vi ao longo de vários anos no Senado."
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Jorge Viana (PT-AC)
"Nós hoje estamos apreciando uma matéria que se aprovada caça o voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras e afasta do poder por maioria simples do plenário do Senado a presidenta da República. E alguns se arvoram a dizer que estamos vivendo a normalidade institucional no país. Nós estamos vivendo, e eu falo para quem quiser ouvir, uma anarquia institucional neste país."
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Acir Gurgacz (PDT-RO)
"Expresso nesse momento o sentimento majoritário da população brasileira, em particular do meu Estado de Rondônia, que clama por essa mudança. Ao mesmo tempo renovo o desejo de podermos apresentar à população um novo projeto político."
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Fátima Bezerra (PT-RN)
"Viva Luiz Inácio Lula da Silva. Viva Dilma Vana Rousseff. Sairemos desse jogo de cartas marcadas de cabeça erguida, com mais disposição ainda para a luta. Pois não há derrota definitiva para quem assume o lado certo da história. Os golpistas não serão perdoados jamais. Não ao golpe."
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Eduardo Amorim (PSC-SE)
"Os crimes de responsabilidades praticados pela presidente Dilma Rousseff trouxeram as piores consequências para o país e para o povo brasileiro. O país está quebrado, está sem credibilidade e foi rebaixado inúmeras vezes pelas principais agências de classificação de risco. Mais do que isso, a população brasileira, sobretudo os mais humildes está sofrendo o descaso do Estado brasileiro."
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Aécio Neves (PSDB-MG)
"Essa é uma marca dos governos populistas. Sempre agem com irresponsabilidade fiscal, e quando fracassam usam sempre o velho discurso da divisão do país entre nós e eles. E, ao final, quem paga o preço são sempre os mais pobres, aqueles que mais precisam da ação do Estado e que são costumeiramente manipulados por este governo."
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Wilder Morais (PP-GO)
"A presidente dá demonstrações claras de que não tem prestígio, nem força, nem respaldo político. Nem se ela quisesse conseguiria efetuar as mudanças de que o Brasil precisa. O isolamento fez dela uma ilha, cercada de problema para todos os lados."
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Alvaro Dias (PV-PR)
"É preciso destacar que esse processo de impeachment não começou agora. Esse processo de impeachment começou há alguns anos, em 2005, em meio ao escândalo do mensalão. Na CPI dos Correios, sugeri o impeachment do presidente Lula. Naquele momento, em alta popularidade, não houve apoio. Fiquei só."
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Lista dos senadores inscritos que ainda vão se pronunciar:
. Senador Waldemir Moka
. Senador Roberto Requião
. Senador Marcelo Crivella
. Senador Randolfe Rodrigues
. Senador Lasier Martins
. Senadora Vanessa Grazziotin
. Senador Reguffe
. Senador Hélio José
. Senador Cássio Cunha Lima
. Senadora Regina Sousa
. Senador Armando Monteiro
. Senador Fernando Collor
. Senador Fernando Bezerra Coelho
. Senador Valdir Raupp
. Senador Paulo Bauer
. Senador Gladson Cameli
. Senador Garibaldi Alves Filho
. Senador Omar Aziz
. Senador João Capiberibe
. Senadora Lídice da Mata
. Senador Antonio Carlos Valadares
. Senador Otto Alencar
. Senador Lindbergh Farias
. Senador Paulo Rocha
. Senadora Maria do Carmo Alves
. Senador Tasso Jereissati
. Senador Wellington Fagundes
. Senadora Gleisi Hoffmann
. Senador Flexa Ribeiro
. Senador Paulo Paim
. Senador Roberto Rocha
. Senador Blairo Maggi
. Senador Donizeti Nogueira
. Senador José Pimentel
. Senador Dalirio Beber
. Senador Walter Pinheiro
. Senador José Serra
. Senador Humberto Costa
. Senador Davi Alcolumbre
. Senador Ciro Nogueira
. Senador Ivo Cassol
. Senador Benedito de Lira
. Senador Romero Jucá
. Senador Edison Lobão
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